Síndrome de Burnout – Sintomas e tratamentos
Síndrome de Burnout é uma reação emocional provocada pelo estresse excessivo. Aprenda a identificar os sintomas e conheça tratamentos e formas de prevenção.
21.11.2021 | João Vitor Santos
Pessoas que estão sofrendo para lidar com o estresse do ambiente de trabalho estão sob um grande risco de burnout. Essa síndrome deixa a pessoa se sentindo exausta, vazia e incapaz de lidar com as demandas da vida.
O burnout pode vir acompanhado por uma variedade de sintomas físicos e mentais. Se não for tratado, pode dificultar o bom funcionamento do indivíduo durante sua rotina.
O que é o Burnout?
O termo “Burnout” (algo como “esgotamento”, no português) é relativamente novo. Cunhado em 1974 por Herbert Freudenberger, o termo servia para definir “a extinção da motivação e incentivo, especialmente onde a devoção da pessoa por uma causa falha em produzir os resultados desejados”.
O burnout é uma reação ao estresse crônico ou prologando provocado pelo trabalho. É caracterizado por três dimensões principais: exaustão, cinismo, (menos identificação com o trabalho) e sentimentos de habilidade profissional reduzida.
Em termos mais simples, se você se sente exausto(a), passa a odiar seu trabalho e começa a se sentir menos capaz no trabalho, você está mostrando sinais de burnout.
O estresse que contribui para o burnout pode vir principalmente do seu trabalho, mas o estresse de outras áreas da vida também pode contribuir. Traços de personalidade e padrões de pensamento, como perfeccionismo e pessimismo, podem contribuir também.
A maioria das pessoas passa boa parte do dia trabalhando. E se você odeia seu trabalho, tem medo de ir trabalhar e não sente nenhuma satisfação com o que está fazendo, o efeito sobre sua vida pode ser muito sério.
Sinais e sintomas
Apesar de o burnout não ser um transtorno mental diagnosticável, isso não significa que ele não deve ser levado a sério.
Entre os sintomas mais comuns do burnout podemos citar:
Alienação das atividades relacionadas ao trabalho
Indivíduos passando pelo burnout veem seu trabalho como estressante e frustrante. Eles podem ficar cínicos sobre suas condições de trabalho e sobre seus colegas de trabalho. Eles também podem se distanciar emocionalmente e se sentirem indiferentes sobre o trabalho.
Sintomas físicos
O estresse crônico pode causar sintomas físicos, como dores de cabeça de barriga ou problemas intestinais.
Exaustão emocional
O burnout faz as pessoas se sentirem esgotadas e incapazes de lidar com seus compromissos. Elas geralmente não têm energia para fazerem seu trabalho.
Performance pior
O burnout afeta principalmente as tarefas rotineiras do trabalho – ou da casa, para pessoas cujo trabalho é cuidar de membros da família. Pessoas com burnout veem as tarefas negativamente. Elas têm dificuldade de concentração e pouca criatividade.
O burnout compartilha alguns sintomas com certos transtornos mentais, como a depressão. Pessoas com depressão experimentam sentimentos e pensamentos negativos sobre todos os aspectos da vida, não apenas o trabalho.
Os sintomas da depressão também podem incluir uma perda de interesse nas coisas, sentimentos de desesperança, sintomas cognitivos e físicos assim como pensamentos suicidas.
Indivíduos com burnout podem ter um risco maior de desenvolver depressão.
Fatores de risco
Um trabalho estressante nem sempre causa burnout. Se o estresse for bem gerido, pode ser que não surjam sintomas desagradáveis. Mas alguns indivíduos estão sob um risco maior do que outros. Isso também é verdade para certos empregos.
Segundo uma empresa americana de pesquisa de opinião, as cinco principais causas do burnout são:
1. Prazos irrealistas
Funcionários que relatam ter tempo suficiente para realizarem suas tarefas têm uma chance 70% menor de passar por burnout. Indivíduos que não são capazes de conseguir mais tempo, como paramédicos e bombeiros, têm um risco elevado de burnout.
2. Falta de comunicação e apoio da gerência
O suporte dos superiores oferece uma proteção psicológica contra o estresse. Funcionários que se sentem devidamente apoiados por seus gestores têm uma chance 70% menor de passar por burnout com regularidade.
3. Falta de clareza sobre o cargo
Apenas 60% dos trabalhadores sabem o que se espera deles. Quando as expectativas são difíceis de compreender, os funcionários podem ficar exaustos simplesmente de tentar descobrir o que deveriam estar fazendo.
4. Carga de trabalho excessiva
Quando a carga de trabalho parece grande demais para ser gerenciada, até os funcionários mais otimistas se sentem abandonados. Sentir-se sobrecarregado(a) pode levar ao burnout rapidamente.
5. Tratamento injusto
Funcionários que se sentem tratados injustamente no trabalho têm mais que o dobro de chances de sofrerem burnout. Tratamento injusto pode incluir coisas como favoritismo, compensação injusta e bullying.
Prevenção e tratamento
Embora o termo burnout (esgotamento) sugira que a condição é permanente, ela é reversível na verdade. Um indivíduo que está se sentindo esgotado pode precisar de apenas algumas mudanças no ambiente de trabalho.
Contatar o departamento de recursos humanos sobre problemas no ambiente de trabalho ou falar com um supervisor sobre isso pode ser útil se essas figuras estiverem interessadas em criar um ambiente mais saudável.
Em alguns casos, uma mudança de setor ou um emprego diferente podem ser necessários para por um fim no burnout.
Pode ser útil desenvolver estratégias que te ajudem a controlar o estresse. Estratégias de autocuidado, como adotar uma dieta saudável, fazer bastante exercício e dormir adequadamente podem reduzir os efeitos do estresse no trabalho.
Umas férias também podem oferecer um alívio temporário também, mas só uma semana longe do escritório não deve ser o suficiente para o burnout ir embora. Pausas do trabalho regulares e programadas junto com exercícios diários de renovação podem ser a chave para combater o burnout.
Se você está passando por um burnout e está com dificuldade para se recuperar, ou suspeita que talvez esteja com um transtorno como depressão, procure ajuda profissional.