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Transtorno de Personalidade Borderline – Tudo o que você precisa saber

A sensação de instabilidade em todos os aspectos da vida é a maior característica do Borderline. Conheça agora os sintomas, dicas e tratamentos para a doença.

Transtorno de Personalidade Borderline – Tudo o que Você Precisa Saber

O que é

Se você tem Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a sensação é de que você está em uma montanha russa.

Isso não se deve apenas pela instabilidade nas emoções e relacionamentos, muitas vezes, até o próprio senso de quem você é pode ficar escapadiço.

Sua autoimagem, suas metas e suas preferências pessoais mudam de tal forma que você é lançado em um estado de incerteza e confusão.

Pessoas com TPB tendem a ser extremamente sensíveis, de forma que as menores coisas podem provocar reações intensas e se acalmar não é uma tarefa tão fácil como deveria. Por conta disso, conflitos nos relacionamentos e um comportamento impulsivo, até mesmo inconsequente, não são incomuns.

São nesses momentos de ânimos exaltados onde são ditas palavras e tomadas atitudes que podem causar arrependimento e vergonha depois.

No longo prazo (e no curto também), isso pode gerar ressentimentos e um enfraquecimento nos seus relacionamentos. Felizmente, o TPB tem tratamento - e viver uma vida mais sustentável e equilibrada está ao seu alcance.

O transtorno de personalidade borderline é tratável

Embora durante muitos anos o consenso médico tenha sido de que o Borderline era uma doença contra a qual pouco se podia fazer, sabe-se hoje que o TPB não só é tratável como também tem um prognóstico a longo prazo melhor do que aquele para depressão e transtorno bipolar, por exemplo.

A melhora no quadro é possível e, mais importante, muito provável. É importante saber, entretanto, que essas perspectivas positivas estão condicionadas ao acompanhamento com profissionais especializados e realização dos tratamentos pertinentes.

Antes de procurar essas coisas, porém, é necessário saber identificar os sinais de que há um quadro de Borderline. Para ajudar com isso, leia as afirmações abaixo e pondere se você se identifica com cada uma delas:

  • Frequentemente me sinto “vazio(a)”;
  • Minhas emoções mudam muito rapidamente, e eu frequentemente sinto raiva, tristeza ou ansiedade;
  • Eu estou constantemente preocupado(a) que as pessoas de quem eu gosto me abandonem;
  • Eu descreveria a maioria dos meus relacionamentos amorosos como intensos, mas instáveis;
  • A maneira como eu me sinto a respeito de alguém pode mudar drasticamente de um momento para o outro, e eu nem sempre entendo o motivo;
  • Eu frequentemente faço coisas inconsequentes ou perigosas como: dirigir de maneira imprudente, fazer sexo inseguro, beber demais, usar drogas ou comprar tudo o que vejo pela frente;
  • Eu já tentei me machucar, seja me cortando, contemplando o suicídio ou de outras formas;
  • Quando eu me sinto inseguro(a) em um relacionamento, eu costumo punir a outra pessoa ou realizo gestos impulsivos para mantê-la perto.

Se você se identifica com várias dessas afirmações, talvez você tenha Transtorno de Personalidade Borderline.

É claro que apresentar ou não certos comportamentos não é suficiente para definir um diagnóstico – a avaliação de um profissional de saúde mental é necessária para isso.

Mas independente do diagnóstico, caso você se sinta incomodado com esses comportamentos, esse artigo apresentará dicas úteis para lidar com eles.

Sinais e sintomas

O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) pode se manifestar de várias maneiras, mas com o objetivo de facilitar o diagnóstico, profissionais da saúde mental dividem os sintomas em 9 categorias.

Para que uma pessoa seja diagnosticada com TPB, ela deve apresentar no mínimo 5 desses sintomas. Além disso, os sintomas devem estar presentes há bastante tempo (geralmente surgem na adolescência) e devem afetar diversas áreas na vida da pessoa.

Os 9 sintomas do Borderline

1. Medo de abandono

É comum que pessoas com TPB tenham pavor de serem abandonadas e ficarem sozinhas. Até mesmo algo inofensivo como uma pessoa amada chegar mais tarde do trabalho ou viajar no fim de semana pode provocar um medo intenso. Isso leva a grandes esforços para manter a pessoa por perto.

Você pode implorar, agarrar, começar brigas, rastrear os movimentos dela ou mesmo impedir fisicamente que ela se afaste.

O resultado, porém, acaba sendo o oposto: tudo o que esse comportamento faz é afastar a pessoa querida.

2. Relacionamentos instáveis

Pessoas com Borderline tendem a ter relacionamentos mais intensos e curtos.

Você tende a se apaixonar rápido, acreditando que cada nova pessoa será aquela que vai preencher sua vida, apenas para se desapontar pouco tempo depois. Seus relacionamentos ou parecem perfeitos ou parecem insuportáveis, sem meio termo.

3. Autoimagem confusa ou inconstante

Quando se tem TPB, a percepção sobre si mesmo(a) muda o tempo todo. Algumas vezes você se sente bem sobre si, outras, se vê como uma pessoa horrível.

Você não tem uma ideia clara de quem é ou do que deseja para sua vida. Como resultado, você constantemente muda de emprego, amigos, religião, namoro ou mesmo identidade sexual.

4. Comportamentos impulsivos ou autodestrutivos

Você pode adotar comportamentos que gerem sensações, principalmente quando está triste. Isso significa gastar dinheiro compulsivamente, comer demais, dirigir de maneira imprudente, cometer furtos, fazer sexo sem proteção ou exagerar nas drogas e no álcool.

5. Ferir-se

Ideação suicida e ferimentos auto infligidos são comuns em pessoas com TPB. As maneiras mais comuns de ferir-se envolvem cortes e queimaduras.

6. Mudanças emocionais extremas

Emoções instáveis são comuns no Borderline. Pequenas coisas que a maioria das pessoas deixa passar podem ser o suficiente para arruinar seu humor.

Essas mudanças são intensas, mas costumam passar relativamente rápido (em alguns minutos ou poucas horas, diferente das mudanças de emoção na depressão ou no transtorno bipolar).

7. Sentimento crônico de vazio

Pessoas com Borderline costumam se referir a um sentimento de vazio como se houvesse um buraco dentro delas. Em casos extremos, podem se sentir como nada ou ninguém.

Esse sentimento incomoda, de forma que você pode tentar preenchê-lo com drogas, álcool, sexo, etc.

8. Raiva explosiva

Se você tem TPB, é possível que também tenha um pavio curto e passar por momentos de raiva intensa. Além disso, talvez seja difícil se controlar uma vez que esse pavio acende: gritos, jogar objetos ou ficar completamente consumido pela raiva são alguns sinais óbvios.

Vale dizer também que nem sempre essa raiva se direciona a terceiros, muitas vezes é com si mesmo(a) que você fica irritado(a).

9. Suspeitar ou se sentir fora de contato com a realidade

Pessoas com Borderline frequentemente sofrem com paranoia e suspeitam muito dos motivos alheios.

Em situações de muito estresse, pode ser que você chegue a perder o contato com a realidade- situação conhecida como dissociação. Você pode se sentir confuso(a), desorientado(a) ou como se estivesse fora do próprio corpo.

Transtornos que costumam acompanhar o TPB

O Transtorno de Personalidade Borderline raramente é diagnosticado isoladamente. Outras desordens que comumente o acompanham incluem:

  • Depressão ou transtorno bipolar;
  • Desordens alimentares;
  • Transtornos de ansiedade;
  • Abuso de substâncias.

Quando o Borderline é tratado, costuma-se verificar uma melhora nas demais condições também. Porém, o inverso não é verdade: uma tratar com sucesso dos sintomas da depressão, por exemplo, talvez não melhore os sintomas do TPB.

Causas

A maioria dos profissionais da saúde mental acredita que o Transtorno de Personalidade Borderline é causado por uma combinação de fatores genéticos hereditários e fatores externos (o ambiente em que a pessoa vive e eventos traumáticos, por exemplo).

Diferenças cerebrais

Existem muitas coisas complexas acontecendo no cérebro de alguém com Borderline e os pesquisadores ainda estão tentando descobrir como tudo funciona.

Mas em resumo, se você tem TPB, significa se seu cérebro está constantemente em estado de alerta total. Tudo parece mais assustador e ameaçador do que para as demais pessoas.

Seu instinto de “lutar ou fugir” é acionado com muita facilidade, e quando isso acontece, ele toma controle da parte racional do seu cérebro e você passa a agir conforme instintos de sobrevivência primitivos que nem sempre são adequados para a situação em que você está.

Embora essa descrição pareça fatalista, existe muito que você pode fazer para melhorar suas reações naturais. A seguir você verá 3 dicas que o ajudarão a lidar com os desafios impostos pelo borderline.

Dica 1 – Acalme a tempestade emocional

Se você convive com o TPB, uma boa parte do seu tempo é gasta lutando contra sentimentos e emoções, de forma que a aceitação pode ser um desafio particularmente grande para você.

Mas aceitar suas emoções não significa aprová-las ou se reduzir a um estado de sofrimento. Significa apenas deixar de lutar, evitar, suprimir ou negar aquilo que você sente. Permitir-se ter esses sentimentos tira boa parte do poder deles sobre você.

Nesse sentido, as técnicas de Mindfulness podem ajudar bastante:

  • Comece observando suas emoções, como se fosse um observador externo;
  • Observe como elas vem e vão (pensar nelas como ondas pode ajudar);
  • Concentre-se nas sensações físicas que acompanham suas emoções;
  • Diga a si mesmo que você aceita o que você está sentindo no momento;
  • Lembre a si mesmo de que você sentir algo não significa que esse algo é verdadeiro.

Faça algo que estimule um ou mais de seus sentidos

Ativar seus sentidos é uma das maneiras mais rápidas e fáceis de se acalmar. Mas para que essa estratégia seja plenamente eficiente, você precisará descobrir que tipo de estímulo sensorial funciona melhor para você.

Além disso, é preciso entender que cada estado de humor exige uma abordagem diferente. O que te ajuda quando você está zangado(a) ou agitado(a) pode não ajudar quando você estiver triste e deprimido.

Algumas sugestões para ativação dos sentidos são:

  • Tato: Se você estiver sentindo insensibilidade, derrame água fria ou quente (mas não muito quente) em suas mãos. Segurar um pedaço de gelo ou apertar bem forte um objeto também funciona. Caso deseje mais intensidade, tomar um banho quente ou gelado também são boas opções;
  • Paladar: Se você está se sentindo vazio e anestesiado, tente chupar uma bala com sabor mentolado forte ou comer algo com sabor intenso bem devagar. Se deseja se acalmar, experimente bebidas relaxantes como sopa ou chá quente;
  • Olfato: Acenda uma vela, sinta o cheiro de flores, borrife seu perfume favorito ou procure na cozinha algum alimento que cheire bem;
  • Visão: Concentre-se em uma imagem que chama sua atenção. Isso pode ser algo nos seus arredores ou uma coisa que você visualiza mentalmente;
  • Audição: Tente ouvir música, e ouvir sons ambientes. Sons naturais de praia, chuva, ou floresta podem ser encontrados com facilidade na internet e são bastante úteis.

Reduza sua vulnerabilidade emocional

Você é mais suscetível a fortes emoções quando está para baixo ou sob estresse. Por isso é muito importante cuidar do seu bem-estar mental e físico. Algumas dicas para alcançar isso incluem:

  • Evitar substâncias que causem alterações emocionais;
  • Adotar uma dieta balanceada e nutritiva;
  • Dormir um sono de boa qualidade e quantidade;
  • Exercitar-se regularmente;
  • Evitar, na medida do possível, situações que causem estresse;
  • Praticar técnicas de relaxamento.

Dica 2 – Aprenda a controlar a impulsividade e tolerar a aflição

As técnicas discutidas acima lhe ajudarão a relaxar quando você se sentir afetado pelo estresse. Mas o que fazer quando você se vê sobrecarregado por sentimentos difíceis?

Essa seção tem o objetivo de apresentar dicas úteis nos momentos em que a negatividade parece impossível de suportar e surgem na mente comportamentos inconsequentes como sexo inseguro, se cortar ou exagerar na bebida.

Saia de um estado de não controle sobre seu comportamento para um estado de controle

É importante entender que esses comportamentos impulsivos têm um propósito. Eles são mecanismos para lidar a sensação de aflição. E nisso eles são efetivos, porém apenas durante um curto período de temo e com consequências graves no médio e longo prazo.

Recuperar o controle do seu comportamento começa com desenvolver tolerância à aflição. A capacidade de tolerar esse sentimento vai lhe permitir recuperar o controle quando o ímpeto de fazer algo imprudente surgir.

Um bom exercício para fazer isso está descrito abaixo:

  • 1º Passo: Encontre um lugar tranquilo e sente-se em uma posição confortável;
  • 2º Passo: Concentre-se no que seu corpo está sentindo. Sinta a superfície em que você está sentado, sinta seus pés no chão, sinta suas mãos no seu colo;
  • 3º Passo: Foque na sua respiração. Respire bem devagar e bem fundo. Inspire, conte até três e expire. Conte até três novamente e reinicie o processo. Faça quantas vezes forem necessárias.

Em caso de emergência, se distraia

Caso as tentativas de se acalmar não estejam funcionando e você sinta que os ímpetos autodestrutivos estão vencendo, se distrair pode ajudar. Tudo o que você precisa é de algo que capture sua atenção tempo o suficiente para que os sentimentos negativos irem embora.

Qualquer coisa que capture sua atenção funciona, mas os resultados são melhores quando a atividade que você escolher também for relaxante. Alguns exemplos incluem:

  • Assista TV;
  • Ligue para uma pessoa de confiança;
  • Dê atenção para o seu hobby – ele pode ser cozinhar, pintar, escrever, jardinagem, etc.;
  • Faça alguma tarefa como limpar a casa, lavar roupas, adiantar alguma atividade escolar ou do trabalho, etc.

Dica 3 – Melhore suas capacidades interpessoais

Se você tem Transtorno de Personalidade Borderline, você provavelmente tem dificuldade em manter um relacionamento estável com seus familiares, colegas de trabalho e amigos. Isso se deve à sua dificuldade de ceder e ver as coisas pela perspectiva alheia.

Existe a tendência de você não entender os pensamentos e sentimentos de outros, não compreender como os outros veem você e não se dar conta de como eles são afetados por seu comportamento.

Se importar não é o problema, mas quando se trata de outras pessoas, você tem um enorme ponto cego. Reconhecer esse ponto cego interpessoal é o primeiro passo.

Quando parar de culpar os outros, você poderá dar os primeiros passos para melhorar seus relacionamentos e suas habilidades sociais.

Cuidado com o que você assume

Quando você está lidando com estresse e negatividade, como pessoas com TPB normalmente estão, é fácil compreender incorretamente a intenção dos outros.

Se você sabe que tem essa tendência, cuidado com o que você assume. Em vez de pular para as conclusões, considere interpretar as coisas de outra maneira. Uma dica ainda mais valiosa é consultar a pessoa e ouvir dela o que exatamente ela quis dizer.

Dê um basta na projeção

Você tem o costume de projetar os seus sentimentos negativos em outras pessoas? Quando se sente mal a respeito de si mesmo, é nos outros que você desconta? Você recebe críticas construtivas como ataques pessoais? Se sim, então talvez você tenha um problema com projeção.

Para lidar com a projeção, você precisa aprender a refreá-la, assim como aprendeu a refrear os impulsos autodestrutivos nas seções anteriores.

Observe suas emoções e as sensações no seu corpo. Tome nota de sinais de estresse como coração acelerado, tensão muscular, suor ou náusea. Quando se sentir assim, é provável que em breve você parta para a ofensiva e diga coisas das quais vai se arrepender.

Antes que isso aconteça, faça essas três perguntas para si mesmo:

1 – Estou desapontado comigo mesmo?

2 – Estou envergonhado ou com medo?

3 – Estou com medo de ser abandonado?

Se a resposta para alguma delas for sim, fale para a outra pessoa que você está se sentindo emotivo(a) e que gostaria de continuar a conversa em outro momento.

Responsabilize-se pelo seu papel

Não se esqueça da importância de tomar responsabilidade pelo seu papel no relacionamento. Pergunte a si mesmo como suas ações podem contribuir para os problemas enfrentados.

Como suas palavras e ações fazem as pessoas que você ama se sentirem? Você tem caído na armadilha de ver as pessoas como totalmente boas ou totalmente ruins?

Nunca deixe de se colocar no lugar das pessoas e, principalmente, dê a elas o benefício da dúvida. Praticar essas coisas com certeza levará a uma evolução nos seus relacionamentos.

Diagnóstico e tratamento

É importante salientar que você não pode diagnosticar o Transtorno de Personalidade Borderline por conta própria. Por isso, caso você suspeite que você ou uma pessoa querida possa sofrer de TPB, consulte um profissional da saúde mental.

Os sintomas do borderline podem se confundir muito facilmente com os de outras doenças, além disso, medicações talvez sejam necessárias, nesse caso, não deixe de ver um psiquiatra.

Apesar dos remédios serem usados em alguns casos, a ferramenta médica mais efetiva no combate ao TPB é a psicoterapia. O psicoterapeuta pode oferecer diversas ferramentas para que suas atividades, seus relacionamentos e sua vida de maneira geral não percam a qualidade por conta desse transtorno.

João Vitor Gomes dos Santos
João Vitor Gomes dos Santos

Engenheiro Mecânico, através da convivência na universidade se conscientizou da importância do bem-estar mental. Para promover e acessibilizar os cuidados com a mente, cofundou a PsyMeet. Convencido da importância da saúde mental para uma vida feliz, está sempre lendo, assistindo e ouvindo sobre o tema. Instagram @dosantosjv

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