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9 Maneiras de Ajudar Uma Vítima de Violência Doméstica

Se você souber ou suspeitar que alguém é vítima de violência doméstica, veja aqui como ajudar essa pessoa da melhor maneira

9 Maneiras de Ajudar Uma Vítima de Violência Doméstica

Se você souber ou suspeitar que alguém é vítima de violência doméstica, talvez não saiba qual é a melhor maneira de ajudar. Não deixe que o medo de dizer a coisa errada o impeça de estender a mão. Esperar pelas palavras perfeitas pode impedir você de aproveitar a oportunidade de mudar uma vida.

O mundo para muitas vítimas de abuso doméstico pode ser solitário, isolado e cheio de medo. Às vezes, estender a mão e deixá-los saber que você está lá para eles pode proporcionar um alívio tremendo.

Se você ou um ente querido for vítima de violência doméstica, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher ligando para 180 para obter assistência confidencial.

Como ajudar uma vítima de violência doméstica

Use as nove dicas a seguir para ajudá-lo a apoiar alguém nessa situação vulnerável.

Arranje tempo para eles

Se você decidir entrar em contato com uma vítima de abuso, faça-o durante um momento de calma. Envolver-se quando os ânimos estão exaltados pode colocá-lo em perigo. Além disso, certifique-se de reservar bastante tempo caso a vítima decida se abrir. Se a pessoa decidir revelar anos de medo e frustração reprimidos, você não vai querer encerrar a conversa porque tem outro compromisso.

Inicie uma conversa

Você pode abordar o assunto da violência doméstica dizendo “Estou preocupado com você porque…” ou “Estou preocupado com a sua segurança…” ou “Notei algumas mudanças que me preocupam...”

Talvez você tenha visto a pessoa vestindo roupas para cobrir hematomas ou notado que a pessoa de repente ficou estranhamente quieta e retraída. Ambos podem ser sinais de abuso.

Deixe a pessoa saber que você será discreto sobre qualquer informação divulgada. Não tente forçar a pessoa a se abrir; deixe a conversa se desenrolar em um ritmo confortável.

Vá devagar e com calma. Apenas deixe a pessoa saber que você está disponível e oferecendo um ouvido compreensivo.

Ouça sem julgamento

Se a pessoa decidir falar, ouça a história sem julgar, dar conselhos ou sugerir soluções. As chances são de que, se você ouvir ativamente, a pessoa lhe dirá exatamente o que ela precisa. Apenas dê à pessoa toda a oportunidade de falar.

Você pode fazer perguntas esclarecedoras, mas principalmente deixar a pessoa expressar seus sentimentos e medos. Você pode ser a primeira pessoa em quem a vítima confiou.

Aprenda os sinais de alerta

Muitas pessoas tentam encobrir o abuso por vários motivos, e aprender os sinais de alerta de violência doméstica pode ajudá-lo a ajudá-los:

Sinais físicos

  • Olhos pretos;
  • Lábios machucados;
  • Marcas vermelhas ou roxas no pescoço;
  • Pulsos torcidos;
  • Machucados nos braços.

Sinais emocionais

Sinais Comportamentais

  • Tornar-se retraído ou distante;
  • Cancelar compromissos ou reuniões de última hora;
  • Atrasar-se frequentemente;
  • Privacidade excessiva em relação à sua vida pessoal;
  • Isolando-se de amigos e familiares.

Se você estiver tendo pensamentos suicidas, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida ligando para 188 para obter apoio e assistência de um conselheiro treinado. Se você ou um ente querido estiver em perigo imediato, ligue para o 190.

Acredite em Vítimas de Violência Doméstica

Como a violência doméstica tem mais a ver com controle do que com raiva, muitas vezes a vítima é a única que vê o lado negro do perpetrador. Muitas vezes, os outros ficam chocados ao saber que uma pessoa que eles conhecem pode cometer violência.

Consequentemente, as vítimas muitas vezes sentem que ninguém acreditaria nelas se contasse às pessoas sobre a violência. Acredite na história da vítima e diga isso. Para uma vítima, finalmente ter alguém que saiba a verdade sobre suas lutas pode trazer uma sensação de esperança e alívio. Ofereça à vítima estas garantias:

  • Eu acredito em você;
  • Isso não é culpa sua;
  • Você não merece isso.

Valide os sentimentos da vítima

Não é incomum que as vítimas expressem sentimentos conflitantes sobre seu parceiro e sua situação. Esses sentimentos podem variar de:

  • Culpa e raiva;
  • Esperança e desespero;
  • Amor e medo.

Se você quiser ajudar, é importante validar os sentimentos dela, informando-a de que ter esses pensamentos conflitantes é normal. Mas também é importante que você confirme que a violência não está bem e não é normal viver com medo de ser agredido fisicamente.

Algumas vítimas podem não perceber que sua situação é anormal porque não têm outros modelos de relacionamento e foram se acostumando gradualmente com o ciclo da violência. Diga à vítima que violência e abuso não fazem parte de relacionamentos saudáveis. Sem julgar, confirme a eles que a situação deles é perigosa e que você está preocupado com a segurança deles.

Razões pelas quais as vítimas permanecem em uma situação de abuso

Pode ser difícil entender por que alguém de quem você gosta aparentemente escolheria permanecer em um relacionamento abusivo ou doentio. Aqui estão algumas razões pelas quais não é fácil se separar.

  • Medo de danos se eles saírem;
  • Eles ainda amam seu parceiro e acreditam que vão mudar;
  • Seu parceiro prometeu mudar;
  • Uma forte crença de que o casamento é "para o bem ou para o mal";
  • Pensando que o abuso é culpa deles;
  • Ficar pelos filhos;
  • Falta de autoconfiança;
  • Medo de isolamento ou solidão;
  • Pressão da família, comunidade ou igreja;
  • Falta de meios (emprego, dinheiro, transporte) para sobreviver por conta própria.

Ofereça suporte específico para seu ente querido

Ajude a vítima a encontrar apoio e recursos. Procure números de telefone para abrigos, serviços sociais, advogados, conselheiros ou grupos de apoio. Se disponível, ofereça brochuras ou panfletos sobre violência doméstica.

Você também vai querer ajudá-los a obter informações sobre quaisquer leis relativas a ordens de proteção/ordem de restrição e informações sobre custódia infantil.

Se a vítima pedir para você fazer algo específico e você estiver disposto a fazer, não hesite em ajudar.

Se você não conseguir, tente encontrar outras maneiras de atender à necessidade. Identifique seus pontos fortes e ativos e ajude-os a construí-los e expandi-los, para que encontrem a motivação para ajudar a si mesmos.

O importante é que eles saibam que você está lá para eles, disponível a qualquer momento. Basta informá-los sobre a melhor maneira de contatá-lo se precisar de ajuda. Se possível, ofereça apoio moral à polícia, tribunal ou escritório de advocacia.

Ajude a formar um plano de segurança

Ajude a vítima a criar um plano de segurança que possa ser acionado se a violência ocorrer novamente ou se ela decidir sair da situação. Apenas o exercício de fazer um plano pode ajudá-los a visualizar quais etapas são necessárias e a se preparar psicologicamente para isso.

Como as vítimas que deixam seus parceiros abusivos correm um risco maior de serem mortas por seu agressor do que aquelas que permanecem, é extremamente importante que a vítima tenha um plano de segurança personalizado antes que ocorra uma crise ou antes que decidam sair.

Ajude a vítima a pensar em cada etapa do plano de segurança, avaliando os riscos e benefícios de cada opção e formas de reduzir os riscos.

Certifique-se de incluir o seguinte no plano de segurança:

  • Um lugar seguro para ir em caso de emergência ou se decidirem sair de casa;
  • Uma desculpa preparada para sair se eles se sentirem ameaçados;
  • Uma palavra de código para alertar a família ou amigos que a ajuda é necessária;
  • Uma "bolsa de fuga" com dinheiro, documentos importantes (certidões de nascimento, cartões de segurança social, etc.), chaves, artigos de higiene e uma muda de roupa que pode ser facilmente acessada em uma situação de crise;
  • Uma lista de contatos de emergência, incluindo familiares ou amigos de confiança, abrigos locais e linha direta de violência doméstica.

O que não fazer

Embora não haja uma maneira certa ou errada de ajudar uma vítima de violência doméstica, você deve evitar fazer qualquer coisa que piore a situação. Aqui estão alguns "nãos" que os especialistas sugerem que você evite:

Não...

  • Acredite no agressor. Concentre-se no comportamento, não na personalidade;
  • Culpe a vítima. É isso que o abusador faz;
  • Subestime o perigo potencial para a vítima e para você;
  • Prometa qualquer ajuda que você não possa cumprir;
  • Dê apoio condicional;
  • Faça qualquer coisa que possa provocar o agressor;
  • Pressionar a vítima;
  • Desistir. Se eles não estiverem dispostos a se abrir no início, seja paciente;
  • Faça qualquer coisa para tornar mais difícil para a vítima.

Quando chamar a polícia sobre violência doméstica

Se você souber que a violência está ocorrendo ativamente, ligue para 190 imediatamente. Se você ouvir ou ver abuso físico ocorrendo, chame a polícia. A polícia é a forma mais eficaz de afastar o perigo imediato para a vítima e seus filhos.

Não há situações em que as crianças devam ser deixadas em situação de violência. Faça o que for necessário para garantir sua segurança, mesmo que isso signifique ir contra a vontade da vítima ou do agressor.

Em situações de violência ativa, chamar os serviços de proteção à criança não é o problema, é parte da solução.

Uma última dica

Embora seu impulso natural possa ser "resgatar" alguém de quem você gosta da violência doméstica, a pessoa que está sendo abusada precisa tomar a decisão final de se (e quando) sair e buscar ajuda. Ter isso em mente ajudará a garantir que você os apoie, independentemente de sua decisão, e continue a oferecer a eles uma amizade amorosa e segura.

João Vitor Gomes dos Santos
João Vitor Gomes dos Santos

Engenheiro Mecânico, através da convivência na universidade se conscientizou da importância do bem-estar mental. Para promover e acessibilizar os cuidados com a mente, cofundou a PsyMeet. Convencido da importância da saúde mental para uma vida feliz, está sempre lendo, assistindo e ouvindo sobre o tema. Instagram @dosantosjv

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Oliviane Assis Ferrari Magro

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Atenção: Este site não oferece tratamento ou aconselhamento imediato para pessoas em crise suicida. Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site www.cvv.org.br. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo.