5 dicas para se comunicar de maneira assertiva

Se você tem dificuldade para transmitir que pensa, essas estratégias ajudarão

29.08.2022 | João Vitor Santos

A comunicação assertiva pode fortalecer seus relacionamentos, reduzindo o estresse do conflito e fornecendo apoio social ao enfrentar momentos difíceis.  Um "não" educado, mas assertivo, a solicitações excessivas de outras pessoas permitirá que você evite sobrecarregar sua agenda e promover o equilíbrio em sua vida.

Uma compreensão da comunicação assertiva também pode ajudá-lo a lidar com familiares, amigos e colegas de trabalho com mais facilidade, reduzindo o drama e o estresse.

Em última análise, a comunicação assertiva permite que você defina os limites necessários que permitem que suas necessidades sejam atendidas nos relacionamentos sem afastar os outros e sem deixar que o ressentimento e a raiva se infiltrem.

Isso ajuda você a ter o que precisa nos relacionamentos, permitindo que seus entes queridos também tenham suas necessidades atendidas. Embora muitas pessoas associem comunicação assertiva com conflito e confronto, a assertividade na verdade permite que as pessoas estejam mais próximas.

A comunicação assertiva requer prática. Muitas pessoas confundem assertividade com agressividade, mas a assertividade é, na verdade, o meio-termo equilibrado entre agressividade e passividade. A agressividade leva a sentimentos feridos e relacionamentos rompidos. A passividade leva ao estresse e ao ressentimento, e às vezes até a atacar no final.

Melhore seu estilo de comunicação

Aprender a falar de forma assertiva permite que você respeite as necessidades e os direitos de todos — inclusive os seus — e mantenha limites nos relacionamentos enquanto ajuda os outros a se sentirem respeitados ao mesmo tempo. Essas etapas podem ajudá-lo a desenvolver esse estilo de comunicação saudável (e aliviar o estresse em sua vida no processo).

1 – Seja honesto sobre o que você não gosta

Ao abordar alguém sobre um comportamento que você gostaria que fosse alterado, atenha-se a descrições factuais do que ela fez, em vez de usar rótulos negativos ou palavras que transmitam julgamentos. Por exemplo:

Situação: Seu amigo, que costuma se atrasar, chegou 20 minutos atrasado para um almoço.

Resposta inadequada (agressiva): "Você é tão rude! Você está sempre atrasado."

Comunicação assertiva: "Nós deveríamos nos encontrar às 11h30, mas agora são 11h50."

Não presuma que você sabe quais são os motivos da outra pessoa, especialmente se você acha que eles são negativos. Nessa situação, não assuma que seu amigo chegou atrasado deliberadamente porque não queria vir ou porque valoriza mais o próprio tempo do que o seu.

2 – Não julgue ou exagere

Ser factual sobre o que você não gosta no comportamento de alguém, sem dramatizar ou julgar demais, é um começo importante. O mesmo é verdadeiro para descrever os efeitos de seu comportamento.

Não exagere, rotule ou julgue; apenas descreva. No contexto do amigo atrasado para o almoço:

Resposta imprópria: “Agora, o almoço está arruinado”.

Comunicação assertiva: “Agora, tenho menos tempo para almoçar porque ainda preciso voltar ao trabalho às 13h.”

A linguagem corporal e o tom de voz são importantes na comunicação assertiva. Deixe que o seu reflita sua confiança: fique em pé, mantenha contato visual e relaxe. Use um tom firme, mas agradável.

3 – Use frases com “eu”

Quando você começa uma frase com “Você...”, ela sai parecendo um julgamento ou ataque e coloca as pessoas na defensiva. Se você começar com “eu”, o foco é mais em como você está se sentindo e como você é afetado pelo comportamento da pessoa.

Além disso, mostra mais propriedade de suas reações e menos culpa. Isso ajuda a minimizar a defesa na outra pessoa, exemplificar o ato de assumir responsabilidade e mover vocês dois para uma mudança positiva. Por exemplo:

Frase com “você’: “Você precisa parar com isso!”

Frase com “eu”: “Eu gostaria que você parasse com isso.”

Quando estiver em uma discussão, não se esqueça de ouvir e fazer perguntas. É importante entender o ponto de vista da outra pessoa.

4 – Junte tudo

Aqui está uma ótima fórmula que coloca tudo junto:

“Quando você [o comportamento da pessoa], eu sinto [seus sentimentos].”

Quando usada com declarações factuais, em vez de julgamentos ou rótulos, essa fórmula fornece uma maneira direta, não agressiva e mais responsável de informar às pessoas como o comportamento delas afeta você. Por exemplo: “Quando você grita, eu me sinto atacado”.

5 – Liste comportamentos, resultados e sentimentos

Uma variação mais avançada dessa fórmula inclui os resultados de seu comportamento (novamente, colocado em termos factuais) e fica assim:

“Quando você [o comportamento da pessoa], então [resultados desse comportamento], e eu sinto [como você se sente].”

Por exemplo: “Quando você chega atrasado, tenho que esperar e me sinto frustrado”.

Ou: “Quando você diz às crianças que elas podem fazer algo que eu já proibi, parte da minha autoridade como pai é tirada e me sinto prejudicado”.

Tente fazer todos saírem ganhando: veja se você pode encontrar um meio-termo ou uma maneira de ambos satisfazerem suas necessidades. No caso do amigo sempre atrasado, talvez um local de encontro diferente o ajude a chegar na hora. Ou você pode optar por fazer planos apenas nos momentos em que sua agenda estiver mais aberta e o atraso dele não causar tanto estresse.